Aos 80 anos, o artista visual, arquiteto e poeta Juraci Dórea segue reafirmando o sertão nordestino como espaço de criação artística. Natural de Feira de Santana, na Bahia, ele iniciou sua trajetória nos anos 1960, com exposições locais, e consolidou uma carreira marcada pela fusão da cultura popular com elementos contemporâneos. Sua obra, que inclui séries como “História do Sertão” e “Projeto Terra”, dialoga com a paisagem e as tradições regionais, utilizando materiais como couro e galhos para integrar arte e ambiente.
Com participações em bienais internacionais, como as de São Paulo, Veneza e Havana, Juraci é reconhecido como um dos grandes nomes das artes visuais no Brasil. Além da produção artística, ele contribuiu para a cultura local como diretor do Departamento de Cultura de Feira de Santana, onde idealizou o Museu de Arte Contemporânea. Sua influência também se estende à moda e à literatura, com obras inspirando coleções e sendo celebradas em festivais.
Homenageado na Micareta de Feira 2025, o artista soma esse reconhecimento a outras honrarias recentes, como a do Festival Literário de Feira de Santana. A festa, que ocorre em maio, celebra não apenas sua trajetória, mas também os 40 anos do axé e a alegria da micareta, reunindo atrações como Léo Santana, Bell Marques e Timbalada. Para Juraci, a homenagem reforça o vínculo entre sua obra e a identidade cultural da região.
