Os ativos da Argentina tiveram um forte desempenho após o governo suspender a maior parte dos controles cambiais, medida que integra um novo acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Títulos soberanos subiram até 3,5%, liderando os ganhos nos mercados emergentes, enquanto ações de empresas argentinas negociadas nos EUA, como a YPF, avançaram mais de 11% no pré-mercado. O ministro da Economia anunciou que o país receberá US$ 15 bilhões do FMI ainda este ano, com US$ 12 bilhões sendo liberados imediatamente, e estabeleceu uma banda cambial entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, eliminando restrições que dificultavam a acumulação de reservas internacionais.
Investidores comemoraram a decisão, que removeu incertezas sobre a concretização do acordo com o FMI. Especialistas destacaram que o valor e a antecipação dos desembolsos superaram expectativas, reforçando a confiança nos ajustes econômicos em curso. A mudança no regime cambial, incluindo o fim do “dólar blend”, que exigia conversão parcial das exportações no câmbio oficial, foi vista como um passo importante para a estabilização da economia argentina.
A visita do secretário do Tesouro dos EUA a Buenos Aires também chamou a atenção, sinalizando um possível fortalecimento das relações econômicas entre os países. Analistas avaliaram que as medidas adotadas, combinadas com o apoio internacional, representam um avanço significativo na política econômica do país, aumentando a sustentabilidade das reformas em meio a um cenário político desafiador.