O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em entrevista a um podcast que o Brasil deveria agradecer à Argentina por ter recebido tarifas mais baixas dos Estados Unidos. Segundo Milei, sua relação próxima com o governo americano teria influenciado a decisão de impor uma alíquota de apenas 10% aos produtos brasileiros, em vez dos 35% inicialmente considerados. Ele argumentou que, como os países do Mercosul estão economicamente interligados, medidas mais duras contra o Brasil afetariam negativamente a Argentina, o que justificou a taxa menor para todo o bloco.
Durante a conversa, Milei também destacou a importância da relação comercial entre os dois países, afirmando que “se o Brasil ficar doente, nós ficaremos doentes”. O presidente argentino não detalhou como exatamente sua gestão teria influenciado a decisão dos EUA, mas reforçou que a medida evitou impactos econômicos mais severos para a região. A entrevista, que durou mais de quatro horas, abordou ainda outros temas, como o futebol, com elogios ao técnico Ramón Díaz, do Corinthians.
A declaração de Milei surge em um contexto de tensões comerciais globais, com os EUA impondo tarifas a vários países. Apesar das alegações do presidente argentino, não há confirmação oficial de que sua gestão tenha sido decisiva para a taxa aplicada ao Brasil. Analistas destacam que a relação entre os dois países segue complexa, com desafios econômicos e políticos que vão além das recentes medidas americanas.