A Argentina tem demonstrado avanços significativos em seu programa de reformas econômicas, segundo a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. O país recebeu um empréstimo de US$ 20 bilhões da instituição, além de apoio adicional do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, totalizando US$ 42 bilhões em recursos. Esses fundos visam estabilizar a moeda local e reduzir a inflação, que caiu de 211% em 2023 para 55,9% em março de 2025. Em contrapartida, o governo flexibilizou controles cambiais e implementou um novo sistema de flutuação controlada para o dólar.
Georgieva destacou que o país está mostrando determinação em sanear sua economia, citando a redução do déficit fiscal, a queda da inflação para menos de 3% em fevereiro e a diminuição da pobreza, ainda que esta permaneça alta. Ela também enfatizou a importância do setor privado ganhar espaço, embora as reformas tenham gerado protestos devido a demissões e cortes em obras públicas. A chefe do FMI ressaltou que a Argentina não está agindo sozinha, contando com o apoio de instituições financeiras internacionais para mitigar riscos.
No entanto, Georgieva alertou que desafios persistem, incluindo possíveis impactos de um cenário global desfavorável e a necessidade de manter o rumo das reformas, especialmente diante das eleições legislativas em outubro. Embora os riscos não tenham se materializado até agora, ela incentivou o país a manter a disciplina econômica. O progresso argentino é visto com otimismo, mas a continuidade das medidas será crucial para consolidar os resultados alcançados.