A Argentina anunciou a liberação do limite de compra de dólares para pessoas físicas após fechar um acordo com o FMI, que inclui um empréstimo de US$ 20 bilhões. O presidente Javier Milei celebrou a medida, afirmando que o país está mais preparado para enfrentar turbulências externas. Além disso, empresas poderão remeter lucros ao exterior, e o câmbio deixará de ser fixo, passando a flutuar dentro de uma banda definida pelo governo.
O acordo busca fortalecer as reservas internacionais e atrair investimentos, conforme destacou o ministro da Economia. Economistas apontam que a medida pode criar um “colchão de proteção” contra choques externos, mas ressaltam que os desafios persistem, como o alto índice de pobreza e o baixo crescimento. O governo argumenta que, desta vez, há equilíbrio fiscal, diferentemente de acordos anteriores.
Apesar do otimismo, dúvidas permanecem sobre se o equilíbrio fiscal será suficiente para garantir estabilidade econômica no longo prazo. Esta é a 23ª vez que a Argentina recorre ao FMI desde 1959, e o sucesso do plano ainda dependerá de fatores externos e da implementação das reformas. Enquanto isso, o dólar passará a ter flutuação controlada, com ajustes mensais nos limites mínimo e máximo.