As principais centrais sindicais da Argentina convocaram uma greve geral de 24 horas contra as políticas de ajuste fiscal do governo. A paralisação, que começou na quarta-feira (9.abr.2025) com protestos em frente ao Congresso Nacional, tem como pautas principais a defesa de salários, direitos dos aposentados, indústria nacional e a retomada de obras públicas. Os manifestantes criticam a falta de diálogo do governo e acusam as medidas de ampliar desigualdades sociais.
A greve é organizada pela CGT, CTA-A e CTA-T, marcando a terceira mobilização conjunta dessas entidades. Em coletiva, representantes sindicais afirmaram que a ação busca frear políticas que, segundo eles, beneficiam grupos econômicos em detrimento dos trabalhadores. Em resposta, o governo minimizou o impacto da greve, classificando-a como “tentativa de extorsão” e reafirmando seu compromisso com as reformas em curso.
O contexto da mobilização coincide com o anúncio de um acordo entre a Argentina e o FMI para um novo empréstimo de US$ 20 bilhões, condicionado à aprovação do Conselho Executivo do fundo. O FMI elogiou o “progresso impressionante” do país na estabilização econômica, enquanto críticos alertam para os efeitos sociais das medidas. A greve reflete a tensão entre o governo e setores da sociedade sobre o rumo das políticas econômicas.