O governo argentino decidiu abolir o cepo cambial a partir de segunda-feira (14), eliminando o limite de US$ 200 para compra de dólares no mercado oficial. No entanto, a taxa de 35% sobre transações de turismo e pagamentos com cartão no exterior permanecerá. O ministro da Economia anunciou a implementação de um novo regime de bandas cambiais, que estabelecerá uma flutuação controlada do dólar entre 1.000 e 1.400 pesos argentinos, com ajustes mensais de 1%, visando maior previsibilidade ao mercado.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou um acordo técnico com a Argentina, incluindo uma linha de crédito estendida de US$ 20 bilhões, com desembolso inicial de US$ 12 bilhões. O acordo é visto como crucial para aliviar as restrições cambiais que impactam a economia desde 2019. O governo também encerrou o dólar blend, mecanismo que beneficiava exportadores, como parte das medidas para reduzir o déficit orçamentário e conter a emissão de pesos pelo Banco Central.
As mudanças buscam equilibrar o mercado cambial e atrair confiança internacional, enquanto o país enfrenta desafios econômicos. A decisão reflete uma estratégia para estabilizar a moeda e reduzir distorções no câmbio, com o apoio do FMI sendo um pilar central para a recuperação econômica.