O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (11.abr.2025) um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que permitirá ao país eliminar o controle cambial para pessoas físicas, vigente desde 2019. Segundo o ministro da Economia, Luis Caputo, a cotação do dólar no mercado oficial passará a oscilar entre US$ 1.000 e US$ 1.400, com limites ajustáveis mensalmente em 1%. A medida entra em vigor na segunda-feira (14.abr), e o FMI desembolsará US$ 15 bilhões ainda em 2025 para recapitalizar o Banco Central e fortalecer o peso argentino.
Antes da mudança, o regime de câmbio conhecido como “crowling peg” limitava as flutuações do dólar a 2% ao mês. Com o novo acordo, os cidadãos poderão trocar pesos por dólares sem restrições quantitativas, aproximando-se do valor do dólar paralelo (“blue”). A medida marca o fim das restrições impostas em 2019, quando o governo limitou inicialmente a compra de dólares a US$ 10.000 mensais por pessoa, valor posteriormente reduzido para US$ 200 naquele ano.
O acordo visa estabilizar a economia argentina, reduzindo a pressão sobre o câmbio e incentivando a confiança no peso. A flexibilização do controle cambial representa uma mudança significativa na política econômica do país, alinhada aos esforços para atrair investimentos e conter a fuga de capitais. A implementação será acompanhada de perto, dada a sensibilidade do mercado às variações cambiais.