Antoni Gaudí, maior expoente do modernismo catalão e criador da icônica Sagrada Família em Barcelona, morreu em 1926 após ser atropelado por um bonde. Na ocasião, foi confundido com um mendigo devido à sua aparência descuidada e só recebeu ajuda tardia, sendo reconhecido apenas no dia seguinte como o renomado arquiteto. Sua morte chocou a cidade, e seu funeral reuniu uma multidão, com seu corpo enterrado na cripta da basílica que ele mesmo projetou.
Gaudí, conhecido como “arquiteto de Deus”, dedicou sua vida à arquitetura e à fé católica, vivendo de forma austera e solitária. Sua obra mais famosa, a Sagrada Família, começou a ser construída em 1883 e só foi consagrada em 2010, pelo papa Bento 16. Agora, o Vaticano deu o primeiro passo para sua canonização, declarando-o “venerável” devido às suas “virtudes heroicas”. O processo requer ainda a comprovação de milagres para que ele seja beatificado e, posteriormente, santificado.
Além da Sagrada Família, Gaudí deixou um legado arquitetônico impressionante, com obras como o Parque Güell e a Casa Milà, reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Sua vida e morte refletem sua devoção à arte e à religião, marcando-o como uma figura única na história da arquitetura. O movimento para sua canonização, iniciado em 1992, ganhou força recentemente com o apoio da Igreja em Barcelona, consolidando seu lugar não apenas como um gênio criativo, mas também como um modelo de virtude cristã.