Antoni Gaudí, maior expoente do modernismo catalão e criador da monumental basílica da Sagrada Família, morreu em 1926 após ser atropelado por um bonde em Barcelona. Inicialmente confundido com um mendigo devido à sua aparência descuidada, o arquiteto só recebeu ajuda tardia e faleceu três dias depois, aos 73 anos. Sua morte comoveu a cidade, e seu funeral reuniu uma multidão que o acompanhou até a cripta da Sagrada Família, onde foi sepultado.
Conhecido como “arquiteto de Deus”, Gaudí dedicou sua vida à fé e à arte, deixando um legado que inclui obras como o Parque Güell e a Casa Milà, reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. A Sagrada Família, sua obra mais famosa, ainda em construção, foi consagrada em 2010 pelo papa Bento 16, que elogiou sua genialidade e devoção. Agora, o Vaticano deu o primeiro passo para sua canonização, declarando-o “venerável” devido às suas “virtudes heroicas”.
O processo de beatificação, iniciado em 1992, ganhou força com o apoio da arquidiocese de Barcelona, que enviou documentação final ao Vaticano em 2023. Para se tornar santo, ainda são necessários dois milagres reconhecidos pela Igreja. Gaudí, que viveu de maneira simples e ascética, continua a inspirar devoção e admiração, consolidando-se como uma das figuras mais emblemáticas da arquitetura e da espiritualidade moderna.