A compra de 49% do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), avaliada em R$ 2 bilhões, desencadeou uma crise política no Distrito Federal. A vice-governadora não foi consultada sobre a operação, levantando críticas sobre falta de transparência. O governador, responsável pela negociação, mira 58% do patrimônio líquido do banco paulista, mas o negócio ainda depende de aprovação do Banco Central e do Cade.
Senadores e especialistas questionam a viabilidade e a origem dos recursos envolvidos na transação. Um parlamentar destacou que outra instituição financeira teria oferecido apenas R$ 1 pelo Banco Master devido a suas dívidas, enquanto o BRB pagaria bilhões. Outro senador levantou dúvidas sobre o interesse na aquisição, já que o DF depende fortemente de repasses federais. O Ministério Público do DF abriu um inquérito para investigar a legalidade do acordo.
O presidente do Banco Central convocou uma reunião extraordinária com executivos de grandes bancos privados para discutir a operação. Enquanto isso, o BRB afirmou que não assumirá dívidas de subsidiárias do Banco Master. A Febraban, porém, não participará do encontro, que ocorrerá sob o olhar atento dos reguladores e do mercado financeiro.