A aprovação do presidente da Argentina, Javier Milei, caiu cinco pontos percentuais em abril, passando de 46,5% para 41,8%, segundo pesquisa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. A desaprovação também recuou levemente, de 48,9% para 47,5%. Além disso, a avaliação positiva do governo federal sofreu uma queda acentuada, de 44% para 35,7%, enquanto a parcela que considera a gestão “regular” subiu de 6,9% para 17,4%.
O aumento do custo de vida e a corrupção emergiram como as principais preocupações dos argentinos, citadas por 53% e 51,8% dos entrevistados, respectivamente. Outros temas, como desemprego e insegurança, tiveram menor relevância. Apesar de uma leve melhora nas expectativas de inflação, o cenário econômico ainda é visto com pessimismo: 47% acreditam que a situação piorará nos próximos seis meses, e 46,6% consideram “muito provável” uma recessão no próximo ano.
A pesquisa foi realizada com 1.681 pessoas entre 20 e 24 de abril, utilizando recrutamento digital aleatório, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais. Os dados refletem um momento de desafios para o governo, com crescente insatisfação em meio às pressões econômicas e sociais.