A Apple aumentou em 10% os embarques de iPhones no primeiro trimestre de 2025, totalizando 57,9 milhões de unidades, ante 52,6 milhões no mesmo período do ano anterior. Segundo a consultoria IDC, o crescimento não reflete necessariamente uma alta na demanda, mas sim uma estratégia para antecipar entregas e minimizar os impactos das tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses. A empresa e outras do setor de tecnologia reforçaram estoques nos Estados Unidos para mitigar custos e possíveis interrupções, inflando os números acima do esperado.
As tarifas anunciadas pelo governo Trump poderiam chegar a 145%, mas foram reduzidas após isenções para eletrônicos. Dispositivos já em território americano antes da vigência das novas regras ficaram livres das cobranças. No entanto, a trégua pode ser temporária, já que o governo sinalizou a implementação de tarifas específicas para produtos com semicondutores, embora com alíquotas menores. Enquanto isso, os embarques caíram na China, onde modelos iPhone Pro foram excluídos de subsídios governamentais.
O mercado global de smartphones cresceu 1,5% no período, com a Samsung liderando (20% de participação) e a Apple em segundo lugar (19%). A Xiaomi registrou alta de 2,5%, enquanto a Oppo teve queda de 7%. Para reduzir a exposição às tarifas, a Apple diversificou sua produção, incluindo a fábrica na Índia, que agora responde por 20% da produção global. Os resultados detalhados do segundo trimestre serão divulgados em 1º de maio, trazendo mais clareza sobre as vendas efetivas.