A Polícia Militar (PM) de Uberlândia decidiu não mais atender solicitações feitas pelo aplicativo Salve Maria, ferramenta criada para denúncias de violência contra mulheres. A prefeitura local afirmou que a decisão partiu unilateralmente do órgão policial, que justificou a medida pela necessidade de alinhar os atendimentos aos seus procedimentos internos. O aplicativo, operado por meio de um convênio desde 2019, já foi baixado por mais de 13 mil mulheres e utilizado em mais de mil emergências.
A prefeitura anunciou que buscará reverter a decisão, solicitando reconsideração ao comando da PM e envolvendo uma deputada federal que apoiou a criação do projeto. A parlamentar pressiona pela revogação da medida, enviando ofícios ao governo estadual e mobilizando-se nas redes sociais. Enquanto isso, a PM reforçou que o canal oficial para emergências continua sendo o 190, destacando a recente implementação do App Cidadão em Minas Gerais como alternativa para solicitações de serviços emergenciais.
O aplicativo Salve Maria, desenvolvido pela prefeitura em parceria com a Prodaub, tinha atuação restrita a Uberlândia. A PM ressaltou que o 190 permite maior eficiência na coordenação de atendimentos, geridos pelo COPOM. A descontinuação do serviço gera preocupação, dado o histórico de uso da ferramenta, mas a polícia afirma que os novos canais estaduais garantem a universalização do acesso a emergências.