Proprietários de apartamentos em Morungaba (SP) descobriram, por acaso, que o residencial onde investiram será leiloado para quitar uma dívida de R$ 19 mil da construtora com uma fornecedora de concreto. A obra, que deveria ter sido entregue em 2023, está parada, e os compradores afirmam não ter sido avisados sobre o leilão. A avaliação do imóvel supera R$ 39 milhões, o que levanta questões sobre a desproporção entre o valor da dívida e o do empreendimento.
Muitos adquiriram os apartamentos em 2020, pagando entradas e parcelas em dia, mas agora enfrentam incertezas. Alguns relataram que a construtora desapareceu, sem deixar contato ou respostas sobre o atraso. Enquanto tentavam informações, descobriram o leilão, autorizado pela Justiça, o que gerou frustração e preocupação, especialmente para famílias que planejavam morar no local.
A Caixa Econômica Federal, financiadora do projeto, informou que está trabalhando para cancelar o leilão e retomar as obras, que estão em fase final. Especialistas orientam os compradores a buscar assessoria jurídica para verificar a legalidade do processo e explorar alternativas, como ações coletivas. A situação ilustra os riscos enfrentados por consumidores em empreendimentos imobiliários sem transparência.
