A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e fabricação de lâmpadas fluorescentes de alta potência usadas em câmaras de bronzeamento artificial. A decisão, anunciada na última quarta-feira (2), visa fortalecer a resolução RDC nº 56/2009, que já vetava o uso de equipamentos de radiação UV para fins estéticos no Brasil. A medida busca coibir o uso clandestino desses aparelhos, que persiste em algumas regiões apesar da proibição vigente desde 2009.
Os riscos à saúde associados ao bronzeamento artificial são respaldados por evidências científicas. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou as câmaras de bronzeamento como cancerígenas, equiparando-as ao tabaco. Estudos destacam que a prática eleva o risco de melanoma, especialmente quando iniciada na adolescência, além de contribuir para envelhecimento precoce e catarata. Uma sessão de 30 minutos pode equivaler a oito horas de exposição solar intensa, aumentando significativamente os danos à pele.
A nova regulamentação reflete a urgência em controlar rigorosamente produtos que emitem radiação UV para fins estéticos. A Anvisa espera que a medida ajude a eliminar definitivamente o uso ilegal desses equipamentos, protegendo a população de riscos já comprovados. A decisão reforça o compromisso da agência com a saúde pública, alinhando-se a alertas globais sobre os perigos do bronzeamento artificial.