A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) declarou a bandeira tarifária amarela para maio, com um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A decisão foi motivada pela transição para o período seco, que reduziu as chuvas e afetou os níveis dos reservatórios. Previsões indicam que a precipitação e as vazões nas regiões das hidrelétricas ficarão abaixo da média nos próximos meses, aumentando a pressão sobre o sistema elétrico.
O anúncio segue projeções anteriores da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que já previa a bandeira amarela em todos os cenários analisados. Desde dezembro de 2023, a bandeira estava verde, graças às condições favoráveis de geração durante o período chuvoso. No entanto, a expectativa de produção hidrelétrica piorou, e a Aneel avalia que usinas termelétricas, mais caras, podem ser acionadas para suprir a demanda.
A mudança reflete os desafios do setor elétrico, que enfrentou uma seca histórica em 2024, levando à bandeira vermelha em setembro pela primeira vez em três anos. Além do risco hidrológico, o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) também contribuiu para a elevação dos custos. O sistema de bandeiras tarifárias busca equilibrar esses gastos adicionais, repassando parte deles aos consumidores.