O Bradesco BBI recomenda a compra de ações da Copel (CPLE6) como uma oportunidade atrativa para investidores estrangeiros, com um preço-alvo de R$ 14, indicando um potencial de alta de 30%. O banco destaca que a proximidade do anúncio da nova política de dividendos, em 8 de maio, e a migração para o Novo Mercado da B3 no segundo semestre de 2025 devem impulsionar a liquidez e a valorização das ações. Além disso, a Copel pode se beneficiar de um dividend yield superior a 10% em 2026, alinhado com uma possível desalavancagem e crescimento do Ebitda.
Os analistas projetam um aumento significativo no fluxo de caixa da empresa, impulsionado pela revisão tarifária da distribuidora em 2026 e por cortes de custos operacionais. A expectativa é que a alavancagem caia para patamares mais eficientes, com a dívida líquida/Ebitda reduzindo para 2,4 vezes em 2026. A nova política de capital deve priorizar dividendos elevados, possivelmente ultrapassando 100% do lucro líquido, aproveitando lucros acumulados para complementar os pagamentos.
O relatório também ressalta que a Copel pode adotar um modelo híbrido, equilibrando dividendos generosos com oportunidades estratégicas de fusões e aquisições. Desde a privatização, a gestão já demonstrou eficiência em movimentos como a venda de participações em ativos não essenciais. Com gatilhos iminentes, como o leilão de capacidade em 2025 e a revisão tarifária, a Copel se posiciona como uma das principais apostas do setor elétrico para os próximos anos.