As principais casas de análise de Wall Street estão revisando suas projeções para o S&P 500 devido aos riscos das tarifas impostas pelo governo dos EUA, que podem desestabilizar a economia global. John Stoltzfus, da Oppenheimer & Co., reduziu sua estimativa para o índice de 7.100 para 5.950 pontos, enquanto outros analistas, como os do Morgan Stanley e Goldman Sachs, também cortaram suas previsões. A incerteza gerada pelas medidas comerciais tem levado a quedas significativas nos mercados, com o S&P 500 chegando a recuar 5,4% em um único dia.
A guerra comercial intensificou-se após o anúncio de tarifas sobre importações, afetando especialmente China e União Europeia, que prometeram retaliar. Isso elevou os temores de uma recessão global, refletidos em quedas acentuadas nos índices europeus e asiáticos, além do aumento da volatilidade no mercado. Economistas do Goldman Sachs agora estimam uma chance de 45% de recessão nos próximos 12 meses, enquanto investidores aguardam possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve para aliviar a pressão.
Apesar das revisões, algumas projeções ainda indicam recuperação até o fim do ano, como a de Stoltzfus, que prevê alta de 17% no S&P 500. No entanto, executivos e analistas destacam a necessidade de cautela, já que o cenário atual é marcado por incertezas e possíveis novos declínios. Julian Emanuel, do Evercore ISI, comparou a situação à turbulência causada pela tarifa Smoot-Hawley nos anos 1930, alertando para os riscos de desestabilização da ordem econômica global.