A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de uma análise realizada em 41 suplementos alimentares de creatina disponíveis no mercado brasileiro. O estudo avaliou três aspectos principais: teor de creatina, rotulagem e presença de matérias estranhas. Apenas um produto, o Creatine Monohydrate – 100% Pure da Atlhetica Nutrition, obteve resultado satisfatório em todos os critérios. Quanto ao teor de creatina, apenas um suplemento estava abaixo do regulamentado, enquanto os demais cumpriram as exigências mínimas de 3.000 mg por porção.
A principal irregularidade encontrada foi relacionada à rotulagem, com 40 dos 41 produtos apresentando falhas. Entre os problemas identificados estavam alegações não autorizadas sobre efeitos, informações incorretas em língua estrangeira e tabelas nutricionais fora do padrão. Além disso, alguns rótulos continham imagens ou expressões que poderiam induzir o consumidor ao erro, enquanto outros faltavam informações básicas, como frequência de consumo recomendada e quantidade de açúcares adicionados. A Anvisa ressaltou que as irregularidades não representam riscos à saúde, mas as empresas devem se adequar às normas vigentes.
A análise foi conduzida pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e considerou amostras de 300 gramas, formato mais comum entre os consumidores. Nenhum produto apresentou matérias estranhas, indicando que, apesar das falhas na rotulagem, a qualidade do conteúdo foi mantida. A agência reforça a importância do cumprimento das regras para garantir transparência e segurança aos consumidores.