A Amil encerrou 2023 com um lucro de R$ 700 milhões, revertendo prejuízos bilionários registrados em anos anteriores. De acordo com o CEO da operadora, a empresa implementou mudanças significativas, incluindo cortes de 1.400 funcionários em áreas administrativas, sem afetar a linha de frente hospitalar. Além disso, a companhia ajustou a precificação dos planos de saúde, reduzindo a sinistralidade de 87% para 78% por meio de reajustes nos valores, o que ampliou suas margens.
Apesar das medidas, a Amil perdeu 100 mil beneficiários em 2024 devido ao cancelamento de contratos. No entanto, as mudanças permitiram que a empresa revertesse um prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão herdado da gestão anterior. O executivo destacou que a carteira de planos individuais, com reajustes regulados pelo governo, ainda representa uma perda anual de R$ 1,2 bilhão, exigindo equilíbrio nas demais operações.
As decisões foram tomadas após uma revisão interna para eliminar ineficiências, descritas metaforicamente como “mato alto”. A liderança afirmou que a prioridade foi alinhar as práticas locais com padrões internacionais de compliance, evitando riscos regulatórios. O resultado positivo reflete a estratégia de focar em sustentabilidade financeira, mesmo com a redução temporária na base de clientes.