A Amazônia Jazz Band (AJB), criada em 1994 em Belém, reúne 22 músicos que levam um toque amazônico ao jazz clássico. A big band, que se apresentou no Theatro da Paz, mistura influências do jazz tradicional com elementos da música paraense, como as composições de Dona Onete, adaptadas pelo arranjador Kim Freitas. O grupo também se destaca pela percussão regional, incorporando instrumentos como maracas e congas, como explica o percussionista Cláudio Costa, integrante há mais tempo na formação.
O jazz, originado nos EUA no final do século XIX, surgiu da fusão entre música africana e europeia. No Brasil, influenciou artistas como Pixinguinha e Tom Jobim. A AJB segue essa tradição de reinvenção, unindo o cancioneiro paraense ao jazz, criando arranjos inovadores que mantêm a essência de ambos os estilos. O maestro Eduardo Lima, que ingressou na banda em 1998, destaca o orgulho de mesclar a percussão amazônica com o jazz, enriquecendo a experiência do público.
O Dia Internacional do Jazz, celebrado em 30 de abril, foi estabelecido pela ONU em 2011 para destacar o poder do gênero em unir culturas. A AJB aproveita a data para reforçar sua identidade única, combinando global e local em suas apresentações. Com uma sonoridade que vai do dinâmico ao romântico, a banda prova que o jazz continua vivo e em constante evolução, especialmente quando dialogando com as raízes musicais da Amazônia.