Os preços dos alimentos no Pará continuam subindo, impulsionados pelos custos de frete e combustíveis, já que muitos produtos são importados de outros estados. De acordo com o Dieese-PA, no primeiro trimestre de 2025, verduras, hortaliças e legumes tiveram aumentos significativos, superando o dobro da inflação do período (1,50%). Destaques incluem maxixe (+14,98%), chuchu (+14,41%) e quiabo (+11,13%). Alguns produtos, como batata lavada (-8,94%) e abóbora (-5,39%), apresentaram queda, mas a tendência geral é de alta.
Feirantes relatam dificuldades para manter preços acessíveis devido aos custos elevados na Ceasa, onde adquirem os produtos. Um vendedor menciona que o tomate, por exemplo, chegou a R$180 a caixa, obrigando-o a vender o quilo a R$15. Para minimizar o impacto, muitos oferecem “kits de sopão” por R$5 ou R$10, com variedades de legumes, uma alternativa buscada por clientes para economizar.
Além dos aumentos nos produtos, os feirantes enfrentam gastos extras com transporte e frete, já que precisam buscar mercadorias madrugada adentro. Uma vendedora explica que, mesmo com os custos crescentes, tenta negociar valores para não perder clientes, mas reconhece que a situação está difícil para todos. O cenário reflete a pressão sobre pequenos comerciantes e consumidores, que precisam adaptar-se aos preços voláteis dos alimentos.