A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de bebês desenvolverem hipertricose, condição apelidada de “síndrome do lobisomem”, devido à exposição acidental ao minoxidil, medicamento usado no tratamento da calvície. O alerta foi motivado por casos registrados na Espanha, onde 11 bebês em fase de amamentação apresentaram crescimento anormal de pelos após contato com pais que utilizavam o produto em forma de loção. A hipótese é que a exposição ocorreu por meio de contato pele a pele ou oral, com os sintomas desaparecendo após a suspensão do uso do medicamento pelos familiares.
A Anvisa recomendou que as bulas do minoxidil incluam informações sobre o risco para bebês e orientou usuários a evitar contato das crianças com áreas onde o produto foi aplicado. Profissionais de saúde devem alertar os pacientes sobre a necessidade de lavar as mãos após o uso e monitorar possíveis efeitos em crianças. O minoxidil, originalmente desenvolvido para hipertensão, ganhou popularidade no tratamento da calvície devido ao seu efeito no crescimento capilar, mas seu uso oral não é aprovado pela agência para essa finalidade.
Embora o mecanismo exato do minoxidil ainda não seja totalmente compreendido, estudos sugerem que ele prolonga a fase de crescimento dos fios, ajudando a retardar a calvície. No entanto, o tratamento requer uso contínuo, pois a interrupção pode levar à volta da queda de cabelo. A Anvisa reforça a importância da avaliação médica e do acompanhamento para garantir a segurança do tratamento, especialmente em lares com crianças pequenas.