O advogado de defesa do ex-presidente criticou o envio de um oficial de Justiça a um hospital em Brasília para notificar seu cliente sobre a abertura de uma ação penal relacionada a uma investigação sobre tentativa de golpe de Estado. Em suas redes sociais, o advogado argumentou que a medida foi desnecessária e invasiva, já que o ex-presidente nunca se recusou a colaborar com as investigações e está prestes a receber alta médica. Ele também afirmou que ações como essa podem prejudicar a credibilidade do processo legal.
A decisão de notificar o ex-presidente no hospital ocorreu após a Justiça considerar que sua participação em uma live demonstrava capacidade para responder a citações. O ex-presidente está internado na UTI desde 13 de abril, após passar por uma cirurgia abdominal, e seu estado de saúde ainda requer cuidados intensivos, com nutrição parenteral e sessões de fisioterapia. A notificação formaliza o início do processo penal, dando ao ex-presidente cinco dias para apresentar sua defesa preliminar, incluindo alegações, provas e testemunhas.
O caso envolve outras sete pessoas, e cada réu pode indicar até 40 testemunhas no total. Anteriormente, a defesa já havia listado 13 testemunhas, incluindo ex-comandantes militares. Enquanto isso, o ex-presidente permanece hospitalizado, sem previsão de alta, após sua sétima cirurgia desde 2018. O boletim médico mais recente indica que ele está com progresso na recuperação intestinal, mas ainda não pode se alimentar normalmente.