Um advogado foi condenado a 4 anos e 9 meses de prisão por corrupção ativa após tentar subornar uma assessora de juíza em Goiatuba, Goiás. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), ele ofereceu entre R$ 50 mil e R$ 80 mil para que a servidora elaborasse minutas e intermediasse decisões favoráveis a processos sob sua responsabilidade. A proposta foi feita durante um encontro com o marido da assessora, que registrou a conversa secretamente, fornecendo provas para a denúncia.
Além da pena de reclusão, o juiz determinou a suspensão da inscrição do advogado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) até o trânsito em julgado da sentença. O caso destacou a tentativa de interferência em tramitações judiciais, com o promotor Caio Affonso Bizon ressaltando a gravidade da conduta. A gravação ambiental foi decisiva para embasar a acusação e a condenação.
A decisão judicial reforça a importância da integridade no sistema judiciário e serve como alerta contra práticas que comprometem a imparcialidade das decisões. O MPGO destacou que a atuação dos envolvidos na investigação foi fundamental para assegurar a responsabilização do acusado, evitando que tentativas semelhantes prejudiquem a justiça. O caso segue como exemplo de combate à corrupção no âmbito jurídico.