Virginia Giuffre, conhecida por seu papel central na denúncia de crimes sexuais envolvendo um financista e figuras públicas, faleceu aos 41 anos no dia 25 de maio, segundo informações de sua família. Ela teria cometido suicídio em sua propriedade na Austrália. Giuffre foi uma das principais vozes a expor uma rede de tráfico e abuso de menores, tornando-se símbolo de resistência para outras sobreviventes. Sua família destacou sua coragem e legado, afirmando que ela “brilhou intensamente” apesar das adversidades.
Giuffre ganhou notoriedade ao revelar publicamente, em 2015, ter sido recrutada ainda adolescente sob falsos pretextos. Seu depoimento foi corroborado por documentos, testemunhas e imagens, incluindo uma foto com um membro da realeza britânica, que posteriormente fez um acordo judicial com ela. Embora tenha admitido inconsistências em partes de seu relato, como a idade em que conheceu o financista, as acusações de abuso foram amplamente validadas.
Além de sua luta jurídica, Giuffre dedicou-se a apoiar outras vítimas, tornando-se uma defensora dos direitos das sobreviventes. Ela deixou três filhos, descritos como “a luz de sua vida”. Recentemente, enfrentou problemas de saúde após um acidente de carro, que agravaram suas condições médicas. Sua morte encerra uma trajetória marcada por resistência e busca por justiça.