Val Kilmer, ator conhecido por sua intensidade e versatilidade em papéis icônicos como Iceman em “Top Gun” e Jim Morrison em “The Doors”, faleceu aos 65 anos em Los Angeles, vítima de pneumonia. Diagnosticado com câncer de garganta em 2014, ele superou a doença após tratamentos difíceis, incluindo duas traqueotomias, mas continuou a trabalhar, inclusive reprisando seu papel em “Top Gun: Maverick” (2022). Em seu documentário autobiográfico “Val” (2021), Kilmer refletiu sobre sua carreira, afirmando não ter arrependimentos e celebrando as descobertas sobre si mesmo ao longo da vida.
Sua trajetória foi marcada por altos e baixos, desde o sucesso precoce em comédias como “Real Genius” (1985) até papéis dramáticos em filmes aclamados como “Tombstone” (1993) e “Heat” (1995). Kilmer era conhecido por seu método de atuação imersivo, o que, embora resultasse em performances memoráveis, também lhe rendeu a reputação de ser difícil de trabalhar. Ele mesmo admitiu, em suas memórias, que priorizava a arte sobre o comércio, o que nem sempre agradava aos estúdios.
Além do cinema, Kilmer explorou outras formas de arte, como poesia, música e teatro, incluindo seu monólogo “Citizen Twain”, no qual interpretava Mark Twain. Deixando dois filhos, Mercedes e Jack, ele será lembrado não apenas por seus papéis no cinema, mas por sua paixão pela expressão artística em todas as suas formas. Sua morte encerra a jornada de um dos atores mais dedicados e complexos de Hollywood.