O escritório de advocacia Willkie Farr & Gallagher, onde trabalha o marido da ex-vice-presidente dos Estados Unidos, fechou um acordo com o governo para evitar sanções. O acordo, anunciado pelo presidente Donald Trump, prevê a prestação de serviços jurídicos no valor de US$ 100 milhões em causas como assistência a veteranos e combate ao antissemitismo. O escritório empregava dois membros da investigação parlamentar sobre a invasão ao Capitólio em 2021, mas não foi alvo de penalidades após o entendimento.
Outros escritórios, como Skadden e Paul Weiss, também negociaram acordos semelhantes, comprometendo-se a fornecer serviços jurídicos em troca da retirada de decretos presidenciais que restringiam seu acesso a informações protegidas. O Paul Weiss, por exemplo, reconheceu atos repreensíveis de um ex-sócio e se comprometeu a destinar US$ 40 milhões a iniciativas governamentais. Esses acordos foram criticados por parte da comunidade jurídica, que os vê como capitulação diante das pressões políticas.
No mês passado, o governo ampliou as medidas contra escritórios que litigam contra o Estado, especialmente em casos de imigração. Os decretos afetaram firmas como Perkins Coie, WilmerHale e Jenner & Block, que contestaram as ordens na Justiça. Os acordos buscam evitar conflitos diretos, mas destacam a tensão entre o poder executivo e a atuação de escritórios envolvidos em investigações sensíveis.