O governo da República Democrática do Congo (RDC) e o grupo rebelde M23 anunciaram um acordo para interromper os combates no leste do país, com o objetivo de negociar uma trégua permanente. O anúncio foi feito após mediação do Catar, marcando um passo inesperado em um conflito que dura três décadas. Ambos os lados se comprometeram a encerrar imediatamente as hostilidades, mantendo o cessar-fogo até a conclusão das negociações.
A região oriental da RDC, rica em recursos naturais, tem sido palco de violência intensificada nos últimos meses, com avanços rebeldes em cidades como Goma e Bukavu. Países e especialistas da ONU acusam um vizinho regional de apoiar o M23, alegação que é negada. O conflito tem raízes em rivalidades históricas, incluindo o genocídio ruandês de 1994, que ainda influencia as tensões atuais.
Enquanto o governo congolês acusa o M23 de ser uma ferramenta para saquear recursos, o grupo rebelde alega que a RDC protege milícias opostas a seus interesses. O acordo recente traz esperança de estabilidade, mas a complexidade do cenário regional sugere que a paz permanente ainda exigirá esforços significativos. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, buscando evitar uma nova escalada de violência.