Após 235 dias de paralisação, os peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assinaram um acordo com o governo federal, marcando o fim da maior greve da categoria. Apesar de não atender totalmente às expectativas dos trabalhadores, o acordo garante a estabilização do conflito e a segurança dos profissionais. A principal demanda dos peritos estava relacionada à revisão de metas individuais, que haviam sido alteradas após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Durante a greve, a fila de espera por benefícios atingiu o maior patamar desde 2020, com mais de 2 milhões de requerimentos represados.
A Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) afirmou que o modelo ideal de carreira ainda não foi alcançado, mas destacou que a categoria continuará lutando por valorização e respeito. O Ministério da Previdência Social informou que os cerca de 300 peritos em greve devem retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (14). O acordo prevê a reposição dos dias parados e a restituição dos salários descontados durante a paralisação.
O governo orientou os cidadãos a utilizarem o atendimento telefônico (135) ou o Meu INSS para agendar perícias, destacando que o serviço Atestmed permite avaliações documentais sem necessidade de comparecimento presencial. O impasse também chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde um ministro solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que avaliasse a abertura de investigação contra os grevistas, argumentando que a greve prejudicou segurados em situação vulnerável.