O governo argentino anunciou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que ainda depende de aprovação do conselho da instituição. O empréstimo visa fortalecer as reservas do Banco Central, permitir uma moeda mais estável e acelerar o processo de desinflação. O ministro da Economia destacou que o acordo possibilitará o fim do controle cambial, conhecido como “cepo”, a partir da próxima segunda-feira (14).
O dólar passará a flutuar dentro de uma banda móvel entre 1.000 e 1.400 pesos argentinos, com ajustes mensais de 1%. A medida eliminará restrições para exportadores e pessoas físicas, além de facilitar a distribuição de lucros a acionistas estrangeiros a partir de 2025. O dólar oficial fechou cotado a 1.097,50 pesos, enquanto o paralelo (“blue”) atingiu 1.375 pesos.
Do total acertado, US$ 15 bilhões serão disponibilizados em 2025 para reforçar as reservas e pagar obrigações financeiras. A visita de um alto funcionário do Tesouro dos EUA nesta segunda-feira reforça o apoio internacional às reformas econômicas do país. O anúncio ocorre em um contexto de queda de 1,7% no PIB argentino em 2024, primeiro ano da atual gestão.