A Argentina recebeu um empréstimo de US$ 12 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), primeira parcela de um acordo total de US$ 20 bilhões. O objetivo é reforçar as reservas do Banco Central, que agora somam cerca de US$ 37 bilhões, e acelerar o processo de desinflação. O ministro da Economia, Luis Caputo, destacou que os recursos permitirão uma moeda mais estável e a eliminação do controle cambial, vigente há seis anos.
O governo argentino anunciou a flexibilização do câmbio, com um sistema de flutuação administrada do dólar, que poderá oscilar entre 1.000 e 1.400 pesos, com ajustes mensais de 1%. Entre as medidas estão a remoção de restrições para pessoas físicas, a permissão de repatriação de lucros para acionistas estrangeiros e prazos mais flexíveis para operações de comércio exterior. O FMI também liberará US$ 15 bilhões em 2025 para livre disponibilidade.
O desembolso é visto como um voto de confiança no programa econômico do país, que soma US$ 42 bilhões em ajuda de organismos multilaterais. A visita do secretário do Tesouro dos EUA, Scott K.H. Bessent, reforça o apoio internacional às reformas argentinas, em meio a desafios globais. O acordo busca estabilizar a economia, após uma queda de 1,7% no PIB em 2024.