Um acervo localizado em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, reúne mais de 1,8 mil peças de 59 etnias indígenas da América Latina, incluindo artefatos como cestos, instrumentos musicais, cocares e cerâmicas. Mantido por um artista plástico, o espaço foi criado há 15 anos com o objetivo de preservar e divulgar a cultura dos povos originários, muitas vezes pouco representada no ensino tradicional. As visitas são gratuitas e podem ser agendadas previamente, oferecendo ao público a chance de conhecer melhor os hábitos e tradições indígenas que influenciam a vida cotidiana.
O proprietário do acervo começou sua coleção após viagens por regiões como Santarém (PA) e o Mundial dos Povos Indígenas, em 2015, onde adquiriu itens originais e, em alguns casos, produziu réplicas quando as peças eram consideradas sagradas pelas comunidades. Para ele, o acervo é uma forma de conectar as pessoas à história indígena e promover a proteção desse legado. O espaço também realiza exposições rotativas, destacando a diversidade cultural dos povos originários da América Latina.
A reportagem ainda ressalta que, segundo o Censo de 2022, a região do Vale do Paraíba e Litoral Norte possui 3.184 indígenas, com Ubatuba liderando o número de habitantes originários. A data de 19 de abril, agora chamada de Dia dos Povos Indígenas, reforça a importância da luta pela preservação cultural, originalmente marcada pelo Congresso Indigenista Interamericano de 1940. O acervo em Caraguatatuba simboliza essa missão, celebrando a riqueza e a resistência das culturas indígenas.