Uma ação judicial nos Estados Unidos busca reverter decisões do governo federal que limitam o reconhecimento de gênero apenas às categorias masculino e feminino. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump no início de seu mandato, determina que documentos oficiais, como passaportes, excluam identificações não binárias e proíbe o uso de recursos públicos para políticas de diversidade de gênero. A decisão conflita com orientações de associações médicas, que defendem a compreensão de gênero como um espectro, não uma divisão binária.
O caso ganhou destaque após uma parlamentar brasileira, identificada publicamente como mulher trans, ter seu gênero alterado para masculino em um visto para os EUA. Ela cancelou uma viagem oficial em protesto, classificando o ocorrido como violência e transfobia de Estado. Outros casos semelhantes envolvendo figuras públicas e cidadãos comuns foram registrados, levando a uma ação coletiva contra o governo americano, organizada por grupos de defesa de direitos civis.
Além da restrição em documentos, as políticas implementadas incluem a proibição de mulheres trans em presídios femininos, a exclusão de pessoas transgênero do serviço militar e a limitação de discussões sobre gênero em escolas. Embora algumas decisões tenham sido suspensas pela Justiça, a disputa reflete um embate mais amplo entre visões conservadoras e movimentos progressistas sobre identidade de gênero nos EUA.