Aos 33 anos, uma empreendedora brasileira comanda uma fábrica de chocolates que produz 65 toneladas anuais, exportando para diversos países e distribuindo em mais de 100 pontos de venda no Brasil. Sua marca, especializada em chocolates “bean to bar” (do grão à barra), utiliza cacau selvagem da Amazônia, colhido por comunidades ribeirinhas. Com faturamento anual estimado em R$ 6 milhões, a Páscoa responde por 30% das vendas, enquanto o mercado internacional, principalmente os EUA, representa 20% do negócio.
A jornada começou há 11 anos, quando a empresária, então estudante de gastronomia, decidiu produzir chocolates artesanais para a família após uma visita ao Acre. Sem experiência, ela importou equipamentos, dedicou-se a testes e, com o apoio de consultores internacionais, refinou o processo de produção. Hoje, seu chocolate é reconhecido em premiações como o Academy of Chocolate Awards, em Londres, e está presente em parcerias com marcas como Bacio di Latte.
Apesar do sucesso, desafios persistem, como a educação do consumidor brasileiro sobre chocolates de origem e a recente alta nos preços do cacau, que subiu 300% em 2024. Antecipando-se à crise, a empresa garantiu estoques e limitou reajustes a 30%. Com planos de expandir no exterior, a marca mantém o foco na sustentabilidade e no apoio às comunidades amazônicas, provando que é possível conciliar negócios com impacto socioambiental positivo.