Neste sábado (1º), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, será recebido pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer em Londres, um dia antes de uma cúpula europeia voltada para reforçar o apoio à Ucrânia. A visita ocorre após um intenso confronto entre Zelensky e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, onde Trump acusou o líder ucraniano de não estar em uma posição favorável nas negociações com a Rússia. A tensão aumentou com a ameaça de Trump de abandonar Zelensky, caso ele não busque um acordo de paz com Moscou. Em contraste, líderes europeus reafirmaram seu apoio incondicional à Ucrânia, com destaque para a declaração da chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, sobre a necessidade de um novo líder para o “mundo livre”.
A cúpula em Londres, marcada para o domingo, contará com a participação de representantes da União Europeia, Otan e países como França, Alemanha, Itália, Polônia, Turquia e outros. O encontro focará em temas como a segurança europeia e o fortalecimento do apoio militar à Ucrânia, além de discutir formas de aumentar a pressão econômica sobre a Rússia. A França, inclusive, abriu a discussão sobre uma possível futura dissuasão nuclear europeia, caso os EUA se retirem da defesa do continente, uma proposta liderada por Friedrich Merz, futuro chefe do governo alemão.
Apesar das dificuldades, Zelensky se mostrou determinado a continuar a busca por apoio, especialmente dos EUA. Ele reconheceu a importância da ajuda americana, embora tenha descartado a ideia de pedir desculpas a Trump, como sugerido por outros membros do governo dos EUA. Enquanto isso, as ruas de Kiev refletem um cenário dividido: enquanto alguns cidadãos demonstram apoio firme à postura do presidente, outros expressam preocupações com as possíveis consequências da deterioração das relações com Washington.