O novo governo sírio enfrenta acusações graves de organizações de direitos humanos, que relatam o assassinato de centenas de pessoas pertencentes à minoria alauíta, grupo ao qual pertencia o ex-presidente deposto. A violência teve início após uma repressão ao movimento rebelde alauíta nas províncias de Latakia e Tartous. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, centenas de civis, membros das forças de segurança e combatentes leais ao ex-regime foram mortos em confrontos recentes. O líder do país, Ahmad al Sharaa, anunciou a criação de uma comissão para investigar as violências contra civis e responsabilizar os culpados.
Internacionalmente, diversas autoridades, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, condenaram a violência e expressaram preocupação com os ataques aos civis. Organizações humanitárias também denunciaram os massacres, e a comunidade internacional, por meio da ONU, exigiu o fim imediato dos confrontos e uma proteção maior aos civis. A situação é ainda mais alarmante, com relatos de execuções e enterros em valas comuns de vítimas, e a segurança em áreas como Qadmus e Taanita sendo reforçada para conter os confrontos.
O governo sírio, por sua vez, afirma que está combatendo tentativas de desestabilização do país por parte de remanescentes do antigo regime e forças estrangeiras. No entanto, a acusação de limpeza étnica por parte de membros da minoria alauíta tem gerado tensões e divisões profundas, aumentando a complexidade da situação no país. A violência continua a se intensificar, e a resposta internacional segue sendo um ponto crucial para o futuro da Síria.