Os proprietários de vinhedos no vale do Bekaa, no Líbano, têm enfrentado dificuldades significativas devido aos recentes ataques aéreos israelenses, que afetam tanto a produção quanto a segurança das famílias envolvidas no setor. Em setembro, Elias Maalouf e seu pai estavam no Chateau Rayak, vinícola da família, quando decidiram fazer uma pausa para o almoço. Após saírem do local, um jato israelense lançou uma bomba sobre uma casa próxima, causando grandes danos à construção e à vinícola. Por pouco, eles não foram atingidos pela explosão, que destruiu parte das instalações e danificou equipamentos importantes.
Cinco meses após o incidente, a vinícola ainda está em processo de reparação. As consequências do ataque incluem móveis danificados, janelas estilhaçadas e danos estruturais consideráveis. Elias compartilhou que, se tivessem permanecido no local, poderiam ter morrido, destacando a gravidade dos impactos sobre a segurança pessoal e a infraestrutura local. A situação é especialmente complicada para as vinícolas familiares, que dependem de condições estáveis para manter sua produção e distribuição de vinhos.
Além dos danos materiais, a incerteza política e os ataques constantes colocam as vinícolas em uma posição vulnerável. As operações de muitos desses negócios estão sendo gravemente afetadas, com algumas famílias enfrentando dificuldades para garantir a continuidade da produção e a preservação de suas colheitas. O setor vinícola no vale do Bekaa, um dos mais antigos e tradicionais da região, busca encontrar maneiras de se adaptar às circunstâncias adversas enquanto tenta minimizar os impactos das constantes tensões políticas.