O vice-presidente dos EUA e sua esposa desembarcarão na Groenlândia nesta sexta-feira em uma visita drasticamente reduzida, após os planos iniciais terem gerado uma crise diplomática. A viagem, não solicitada previamente, foi recebida com resistência por líderes locais e dinamarqueses, especialmente diante das recentes ameaças de aquisição territorial feitas por um ex-presidente americano. O destino escolhido, a base militar remota de Pituffik, no noroeste da Groenlândia, simboliza a tensão geopolítica em torno do território semiautônomo.
Autoridades em Nuuk e Copenhague já manifestaram oposição à visita, reforçando a soberania da Groenlândia e rejeitando qualquer tentativa de negociação territorial. A escalada de hostilidade reflete o descontentamento com a postura dos EUA, que insinuaram interesse no passado pela compra da ilha, um tema sensível para a Dinamarca e sua população local. A viagem, agora limitada a compromissos militares, evita encontros formais com líderes groenlandeses, sinalizando um recuo tático diante das críticas.
A situação expõe as complexas relações internacionais envolvendo a Groenlândia, território estratégico devido a seus recursos naturais e localização geográfica. Enquanto os EUA buscam reforçar sua presença militar na região, a Dinamarca e o governo groenlandês reafirmam sua autonomia, deixando claro que o assunto não está aberto a negociações. A visita, embora discreta, serve como um termômetro das tensões persistentes e do delicado equilíbrio diplomático no Ártico.