O vice-presidente da República afirmou que o Brasil não deveria ser incluído nas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos como aço e alumínio. Durante a inauguração de uma fábrica multinacional em São Paulo, ele destacou que os EUA têm superávit comercial significativo com o Brasil, tanto em bens quanto em serviços, e defendeu que a medida seria um “equívoco”. O governo brasileiro já iniciou conversas com autoridades americanas e aguarda uma resposta até 2 de abril, mantendo a expectativa de que o país seja isento das taxas.
O posicionamento do vice-presidente reforça a busca por uma solução diplomática, evitando retaliações imediatas. Ele ressaltou os longos anos de parceria entre os dois países e a presença de milhares de empresas americanas no território nacional como motivos para a exclusão das tarifas. Enquanto isso, o presidente Lula, em viagem à Ásia, declarou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, se necessário, adotará medidas de reciprocidade, como taxar produtos dos EUA.
A situação reflete as tensões comerciais globais, com o Brasil buscando equilibrar defesa de seus interesses e manutenção do diálogo. O governo espera que a OMC possa mediar o conflito, mas não descarta ações diretas caso as negociações fracassem. A postura brasileira alinha-se a preocupações de outros países afetados pelas tarifas, como o Japão, embora respeitando a soberania de cada nação em suas decisões.