A Venezuela anunciou que retomará os voos de repatriação de seus nacionais deportados dos Estados Unidos, após alcançar um acordo com o governo dos EUA. A suspensão dos voos havia ocorrido no dia 8 de março, depois que o Departamento do Tesouro dos EUA retirou a licença da Chevron para exportar petróleo venezuelano. Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e principal negociador do país, confirmou que os voos serão reiniciados, com o primeiro programado para domingo, como parte do compromisso de garantir os direitos humanos dos deportados.
No contexto das deportações, Rodríguez se referiu à situação de venezuelanos enviados para El Salvador, onde o governo dos EUA havia deportado alguns deles para uma prisão de segurança máxima, alegando que pertenciam a um grupo criminoso. O presidente Nicolás Maduro também reiterou a necessidade de garantir a segurança e a liberdade dos deportados e responsabilizou o governo de El Salvador pela saúde e bem-estar dos cidadãos venezuelanos enviados ao país.
Embora o governo dos EUA tenha afirmado que os deportados estariam ligados a um grupo criminoso, não apresentou evidências claras de que os indivíduos tivessem cometido crimes nos EUA. Nas últimas semanas, cerca de 350 venezuelanos foram deportados, com alguns deles sendo mantidos em instalações em Guantánamo, Cuba, por até 16 dias. O governo venezuelano, por sua vez, tem evitado aceitar os deportados, mas o recente acordo com os EUA visa resolver essa questão humanitária, permitindo o retorno de mais cidadãos ao país.