A Venezuela anunciou nesta segunda-feira (3) a libertação de 110 manifestantes detidos durante protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, elevando o total de presos políticos liberados para mais de 2 mil. A ação ocorreu após um processo de verificação e foi influenciada por pressões externas, especialmente de países como Brasil e Colômbia, que têm buscado mudanças no cenário político venezuelano. Durante os protestos do ano passado, mais de 2,4 mil pessoas foram detidas, com 28 mortes e aproximadamente 200 feridos registrados.
Entre os libertados, estão duas pessoas que enfrentaram sérios problemas de saúde mental enquanto estavam presos. Apesar dessas liberações, ainda existem pelo menos 300 pessoas aguardando sua soltura. Além das liberdades, o governo venezuelano tomou medidas para melhorar as condições dos opositores asilados na Embaixada da Argentina em Caracas, enviando um gerador elétrico após um período de 100 dias sem eletricidade, como forma de aliviar a difícil situação vivida pelos asilados.
A oposição, por sua vez, continua a exigir que o governo emita salvo-condutos para permitir que os opositores, que se encontram abrigados na embaixada, possam deixar o país. As medidas, tanto de libertação quanto de ajuda aos asilados, refletem a pressão internacional sobre o governo de Maduro e suas consequências no contexto político da Venezuela.