O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, se defendeu das críticas que surgiram após seus comentários sobre uma força de manutenção da paz planejada para a Ucrânia, composta por soldados de países que, segundo ele, não lutaram em guerras recentes. Durante uma entrevista à Fox News, Vance sugeriu que a paz na Ucrânia seria melhor garantida se os Estados Unidos tivessem uma vantagem econômica sobre o futuro do país, abrindo seus minerais para exploração. Seus comentários geraram indignação de políticos e veteranos britânicos e franceses, que interpretaram suas palavras como desrespeitosas aos soldados que lutaram ao lado das forças americanas no Afeganistão e no Iraque.
Em resposta, Vance afirmou que não havia criticado especificamente as tropas do Reino Unido ou da França e que seus comentários eram direcionados a outros países potenciais para integrar a força de paz. Ele ressaltou que a crítica feita a ele era “absurdamente desonesta”, destacando o papel importante que os países aliados desempenharam em operações passadas. Vance também argumentou que, apesar da valiosa contribuição de países europeus, nenhum deles possui os recursos militares suficientes para enfrentar a Rússia sem a assistência dos EUA, especialmente no contexto de uma hipotética força militar europeia.
A situação gerou repercussão política, com figuras britânicas e francesas, incluindo ministros e veteranos, reagindo com veemência. Em sua defesa, Vance reiterou que sua intenção era focar em um futuro papel dos Estados Unidos na segurança da Ucrânia, sem menosprezar as contribuições históricas dos aliados europeus. O debate sobre a viabilidade de uma força de paz europeia liderada por países como o Reino Unido e a França continua, enquanto a questão da segurança e dos recursos militares permanece central na discussão sobre o conflito na Ucrânia.