A vacinação contra a dengue na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, está em níveis alarmantes, com algumas cidades apresentando percentuais muito baixos de imunização. Em Serra Azul, apenas 0,48% do público-alvo completou o esquema vacinal, enquanto em Jaboticabal, 2% das crianças e adolescentes tomaram a segunda dose. A situação é preocupante, especialmente com a chegada do pico da epidemia entre março e abril. No entanto, em Restinga, a vacinação foi ampliada para incluir crianças de 6 a 16 anos, seguindo uma recomendação do Ministério da Saúde.
Além disso, infectologistas alertam para um cenário ainda mais grave em 2025, com a possível circulação de um novo sorotipo do vírus da dengue. Apesar dos esforços para ampliar a cobertura vacinal, os números continuam baixos, com a primeira dose sendo aplicada em apenas 27% das crianças e adolescentes em São Paulo, e a segunda dose em 11%. As autoridades de saúde enfatizam que a proteção completa só é garantida com as duas doses, sendo fundamental que os moradores retornem aos postos de saúde após três meses para a segunda aplicação.
O Ministério da Saúde também determinou a ampliação da faixa etária para a vacinação, permitindo que doses com validade próxima sejam aplicadas em pessoas entre 6 e 16 anos. No entanto, municípios como Ribeirão Preto, onde não há vacinas com validade prestes a expirar, mantêm a vacinação restrita às crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Até o início de março, a cidade já havia registrado 4.340 casos confirmados de dengue e duas mortes, com a população mais afetada sendo a faixa etária de 20 a 39 anos.