Os medicamentos para tratamento da obesidade, como Ozempic, Mounjaro e Wegovy, têm se mostrado eficazes na redução do apetite e na perda de peso, mas também estão associados à perda significativa de massa magra, incluindo músculos e outros tecidos não gordurosos. Estudo aponta que, em média, entre 35% e 50% da perda de peso ocorre através da redução da massa muscular. A perda de músculos é um problema sério, pois impacta na qualidade de vida, reduz a função física e pode aumentar a taxa de mortalidade. Além disso, a manutenção de músculos durante o processo de emagrecimento é essencial para a saúde metabólica a longo prazo.
Para mitigar esse efeito, especialistas enfatizam a importância de uma alimentação adequada, especialmente com ingestão suficiente de proteínas, e a prática de exercícios físicos, especialmente atividades de resistência e força. A recomendação é que os pacientes consumam cerca de 1,5g de proteína por quilo de peso e façam exercícios de resistência de duas a três vezes por semana. Mesmo atividades simples, como a calistenia, podem ajudar a manter a massa muscular, sendo uma alternativa para aqueles que não se adaptam à musculação tradicional.
A perda de massa magra também pode ser um desafio complexo de ser mensurado, já que envolve diversos fatores como idade, gênero e níveis de atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e nutricional durante o uso desses medicamentos é crucial para evitar danos à saúde e garantir que a perda de peso seja saudável e sustentável. Quando o uso de inibidores de apetite é feito sem orientação adequada, pode ocorrer desnutrição, perda excessiva de músculos e outras complicações.