O uso de inteligência artificial (IA) no ambiente universitário chinês tem se tornado uma prática comum entre os estudantes, principalmente na criação de materiais de estudo e tarefas acadêmicas. Estudantes de diversas áreas, como Direito, relatam utilizar ferramentas de IA para gerar apresentações e resumos, muitas vezes sem que seus professores percebam. De acordo com um estudo recente, uma parte significativa dos estudantes de graduação recorre à IA para facilitar o aprendizado, com uma parcela considerável copiando diretamente o conteúdo produzido por esses sistemas.
Em resposta ao crescente uso da IA, diversas universidades chinesas, como a Universidade Fudan, começaram a adotar regulamentações rigorosas. Essas normas proíbem o uso de IA na redação de teses e na criação de estruturas de pesquisa, estabelecendo penalidades que vão desde a revogação de diplomas até limitações sobre o conteúdo gerado por IA. Algumas universidades impuseram restrições de até 40% para o conteúdo de uma tese produzido por IA, enquanto outras exigem que o uso de IA seja claramente indicado e não ultrapasse 20% do texto.
Embora o uso de IA no aprendizado acadêmico tenha gerado preocupações, também é reconhecido o seu potencial positivo. Universidades têm incentivado o uso responsável da tecnologia para auxiliar na recuperação de literatura, criação de gráficos e aumento da eficiência no processo de aprendizagem, desde que aprovado pelos orientadores. Por outro lado, professores estão adaptando suas metodologias de ensino para garantir que os alunos desenvolvam habilidades criativas e críticas que não podem ser substituídas por máquinas, como a escrita lógica e fluente.