As universidades americanas estão sob pressão significativa devido a cortes de fundos federais e medidas autoritárias sob a nova administração. Instituições de prestígio, como a Universidade Johns Hopkins e a Universidade de Columbia, perderam centenas de milhões de dólares em financiamento, levando a demissões em massa e ao risco de fechamento de programas de pesquisa. A Associação Americana de Professores Universitários alertou que essas ações representam uma ameaça à liberdade acadêmica e criaram um clima de instabilidade em campi por todo o país.
O ambiente tem se tornado cada vez mais hostil para pesquisadores, com relatos de docentes sendo deportados ou impedidos de entrar nos EUA devido a suas opiniões políticas. Cientistas temem que termos comuns em seus trabalhos, como “diversidade” e “mudança climática”, possam colocar em risco seus financiamentos. Muitos optam por manter um perfil discreto, enquanto outros consideram oportunidades no exterior, diante da incerteza sobre o futuro da pesquisa acadêmica nos Estados Unidos.
Líderes educacionais destacam que a força do sistema universitário americano está na livre troca de ideias e na autonomia institucional, valores que estão sendo minados. A falta de transparência e o silêncio de algumas universidades sobre os acontecimentos têm preocupado estudantes e pesquisadores, que veem o cenário atual como uma ruptura com a tradição de acolhimento e estabilidade acadêmica do país.