A narcolepsia, distúrbio do sono que causa sonolência excessiva e incontrolável, será incluída em uma linha de pesquisa do recém-inaugurado Núcleo do Sono da Unicamp, no Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOU), em Campinas (SP). A doença, rara e de difícil diagnóstico, pode impactar profundamente a qualidade de vida dos pacientes, que frequentemente enfrentam estigmatização devido aos sintomas. A narcolepsia é caracterizada por episódios de sono repentino, mesmo após uma noite de descanso, afetando aproximadamente 0,2% da população.
Os fatores que causam a narcolepsia são considerados genéticos e ambientais, com alterações nos neurotransmissores do cérebro. Esse distúrbio provoca uma transição precoce para a fase REM do sono, quando ocorre intensa atividade cerebral e movimentos rápidos dos olhos. A doença é crônica e debilitante, o que torna essencial um diagnóstico preciso e o acompanhamento adequado, com tratamentos que envolvem medicamentos e, em alguns casos, cochilos durante o dia.
O diagnóstico da narcolepsia exige exames específicos, como a polissonografia, que avalia a qualidade do sono. No entanto, a falta de recursos e a complexidade do exame dificultam o acesso ao diagnóstico em algumas regiões. O Núcleo do Sono da Unicamp deverá oferecer novos recursos para esses exames, melhorando as condições de diagnóstico e tratamento. Especialistas recomendam que pacientes com sintomas busquem atendimento especializado, pois as doenças do sono são tratáveis e é possível alcançar uma melhor qualidade de vida com acompanhamento adequado.