O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental marcada por episódios distintos de mania, hipomania e depressão, afetando profundamente a vida dos indivíduos. Com uma prevalência global de 1% a 5%, segundo a OMS, a doença é frequentemente mal interpretada, sendo reduzida a simples mudanças de humor. A psicóloga Elyasmim Sobral ressalta que o transtorno envolve alterações complexas e prolongadas, impactando relações pessoais, profissionais e familiares, e destaca a necessidade de combater a desinformação para evitar atrasos no tratamento.
Em homenagem a Vincent Van Gogh, que possivelmente vivia com a condição, março é reconhecido como o mês de atenção ao transtorno bipolar. A data reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento multidisciplinar, que inclui apoio psiquiátrico, psicológico e familiar. Sintomas como impulsividade, irritabilidade e pensamentos acelerados na fase de mania, ou conflitos relacionais na hipomania, podem ser indicativos da doença, que costuma surgir entre os 15 e 25 anos, mas também apresenta um pico tardio em adultos de 45 a 55 anos.
O tratamento adequado é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo impactos negativos em suas rotinas. A especialista enfatiza que a busca por ajuda profissional deve ser prioritária, já que intervenções precoces resultam em melhores prognósticos. Além disso, o envolvimento da família no processo terapêutico é crucial, pois o apoio próximo pode fazer diferença significativa na evolução do quadro.